Na pauta: SOS Várzea das Flores e revogação do novo ensino médio!
Nesta quinta, 18/05, aconteceu a 2ª edição, em Contagem, do Café com o SINDCEFET-MG.
Além do café com pão de queijo, assado no forno da Seção Sindical, tomamos conhecimento da mobilização, que acontece em Contagem, pela defesa do Plano Diretor da cidade, construído e aprovado com ampla participação popular.
A professora da Rede Municipal de Belo Horizonte e representante do Movimento Todos por Contagem, Adriana Souza, convidou os diferentes segmentos da escola, estudantes, docentes e técnico(a)s administrativo(a)s a se engajarem na luta pela manutenção do Plano Diretor, sob forte ataque dos empresários da especulação imobiliária.
Mostrou também que a defesa do Plano Diretor implica na proteção ambiental da Lagoa Várzea das Flores, ameaçada pela construção do rodoanel, projeto de Zema, que expressa a forte aliança do governador de Minas com o modelo predatório da mineração.
O professor Anselmo Pires, professor do Departamento de Engenharia de Materiais e tesoureiro do SINDCEFET-MG, apresentou os motivos pelos quais precisamos aumentar a pressão pela revogação do novo ensino médio. Fez um histórico do processo da revisão curricular dos cursos técnicos, de como as diretrizes da revisão foram aprovadas pelo Conselho de Educação Profissional e Tecnológica do CEFET-MG e, após questionamentos sucessivos do movimento docente e do(a)s participantes dos GT, elas foram revogadas, entre outras razões, sendo a principal por se referenciarem no marco legal do novo ensino médio.
Discutimos também as linhas gerais do PL 2601/23, que se encontra na mesa diretora da Câmara Federal. Esse projeto de lei revoga a Reforma do Ensino Médio e apresenta para debate um modelo considerado factível e condizente com o direito à educação.
A justificativa desse projeto de lei suscitou uma discussão sobre a superlotação de turmas no primeiro ano, problema complexo, nesse momento, decorrente da combinação dos efeitos da pandemia nas condições de aprendizagem com a ausência por parte do(a)s estudantes de domínio de conhecimentos básicos, do ensino fundamental, para o desenvolvimento das disciplinas do ensino médio integrado. Foi um momento rico de troca de experiências que evidenciou a necessidade de se abrir um diálogo com ampla participação docente para, respeitando a autonomia de cada professor(a) na condução do ensino e da avaliação, delinear possíveis estratégias para incidir sobre as dificuldades do(a)s estudantes no sentido de evitar um aumento da repetência, uma das causas da superlotação, especialmente, de turmas do 1º ano.
Valeu demais a roda de conversa em Contagem, com café e pão de queijo!
Veja algumas fotos: