Suspensão das manifestações de rua em 18/03
A epidemia do Coronavírus se alastra no país, e todos os esforços devem ser feitos no sentido de diminuir sua velocidade de propagação. A Direção Geral do CEFET-MG suspendeu aulas presenciais e eventos diversos que envolvam aglomeração de pessoas, em todos os campi, por tempo indeterminado. A medida é necessária e estamos juntos nas ações contra essa crise sanitária. Por isso, o SINDCEFET-MG, em acordo com a decisão da Diretoria Geral do CEFET-MG, com as orientações do ANDES S/N e com demais entidades organizadoras das manifestações do dia 18/03, comunica a suspensão dos atos de rua marcados para esta data.
O país vive um grave momento, que exige prontidão de todos os atores políticos, principalmente dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Ao contrário do que propões Paulo Guedes, a agenda das reformas neoliberais precisa ser suspensa e todas as energias concentradas para mobilizar os meios necessários à promoção e proteção da saúde da população brasileira, especialmente dos grupos que podem mais sofrer com a infecção pelo Coronavírus. Nada pode ser mais importante nesse momento!
Para que isso aconteça, reivindicamos a imediata revogação do teto dos investimentos na saúde, educação e pesquisa para que o Brasil possa enfrentar essa complexa conjuntura. Felizmente, apesar de todos os ataques que tem sofrido desde 2014, com sucessivos cortes orçamentários e redução de equipes de saúde, podemos ainda contar com o SUS para responder às demandas por atendimento nesse quadro de pandemia. É fundamental destinar recursos suplementares ao SUS de forma que ele possa cumprir seu papel essencial à saúde da população brasileira.
Além da revogação do teto dos gastos, cabe ao poder público, especialmente ao Presidente da República, em vez de confraternizar com manifestações de caráter fascista, apoiando irresponsavelmente ações que ampliam a velocidade de propagação do Coronavírus, reforçar as ações propostas pelo Ministério da Saúde e apresentar medidas emergenciais efetivas para conter não apenas a crise na saúde pública, mas também na economia. Mesmo antes do quadro atual, a economia está praticamente estagnada e a política vigente tem imposto à classe trabalhadora trabalho informal, com baixos salários e sem direitos, desemprego em massa e aumento da pobreza. Infelizmente, a se manter essa agenda ultraliberal, a crise social tende a ser ainda mais grave, com a expansão da pandemia no Brasil e no mundo.
Não ocuparemos as ruas em 18/03, mas continuamos mobilizados em defesa da Educação Pública, Gratuita e de Qualidade Socialmente Referenciada, que implica também a defesa do Emprego, dos Direitos e da Democracia.
Juntos somos mais!