Assembleia Docente do CEFET-MG repudia a suspensão da vacinação de adolescentes sem comorbidades!
NOTA DE REPÚDIO CONTRA A NÃO VACINAÇÃO DE ADOLESCENTES SEM COMORBIDADES
A Assembleia Docente do CEFET-MG, reunida em 17/09/21, repudia a determinação do Ministério da Saúde de suspender a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos que não apresentem comorbidades.
Para sustentar sua decisão, o Ministério da Saúde afirma que a “Organização Mundial de Saúde não recomenda a imunização de criança e adolescente, com ou sem comorbidades”. Não consta essa afirmação nas notas da OMS sobre o tema. Ela afirma apenas que a vacinação ampla deste público é “menos urgente” em relação a outros grupos, como pessoas mais velhas, com comorbidades e trabalhadores da saúde.
No Brasil, o imunizante da Pfizer já tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser aplicado nesta faixa etária. No mundo, outras vacinas já são aplicadas em menores de 18 anos.
Ao frear o processo de ampliação da cobertura vacinal para a população mais jovem, o Ministério da Saúde expressa mais uma marca deste governo de morte e destruição. O momento epidemiológico do Brasil exige que tenhamos mais disponibilidade de vacinas e um contingente cada vez maior de brasileiras e brasileiros alcançados pelo ciclo vacinal completo.
Em nota conjunta, o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) cobram a imunização dos jovens e afirmam que a vacinação de adolescentes cumpre importante papel na estratégia de controle da pandemia no Brasil e que nosso país deve, conforme autorizado pela Anvisa, avançar na antecipação da segunda dose, concluir a imunização da população adulta e encaminhar a vacinação de adolescentes com e sem comorbidades.
O Ministério da Saúde, sem apresentar argumentos consistentes, caminha em sentido contrário, parecendo indicar que continua a faltar vacinas para o nosso povo, evidenciando mais uma vez ações que não têm compromisso com a vida da população.
Finalmente, apelamos aos prefeitos das cidades mineiras, em especial dos municípios, nos quais o CEFET-MG tem Unidade Acadêmica ou onde moram estudantes do CEFET-MG, para que, assim como São Paulo, Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Pará, Piauí, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, não acompanhem as orientações do Ministério da Saúde e revejam a decisão de não vacinar nesse momento adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades.
Como temos afirmado em nossas discussões, precisamos de condições seguras para retornar às atividades presenciais nas escolas e elas incluem em primeiríssimo plano a cobertura vacinal completa da população, sendo a exclusão dos adolescentes sem comorbidades dos grupos a serem vacinados mais uma medida que se soma ao genocídio em curso promovido pelo governo Bolsonaro!
Em defesa da vida!
Vacina para todos e todas já!
Assembleia Docente do CEFET-MG.
17/09/2021.