Por reajuste salarial, valorização do serviço público
Técnicos-administrativos do CEFET-MG estão em greve por tempo indeterminado
O(a)s técnico(a)s-administrativo(a)s (TAEs) do CEFET-MG e da UFMG estão em greve por tempo indeterminado. Para os TAEs do CEFET, a paralisação iniciou no dia 6 de junho e, para os da UFMG, no dia primeiro de junho.
As reivindicações são o reajuste salarial dos servidores públicos federais, pela anulação do corte de R$ 3,2 bilhões no orçamento do Ministério da Educação e contra os cortes da educação promovidos desde a Emenda Constitucional 95. Segundo dados do Sintietfal, as perdas salariais do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE), de 2010 a 2021, são de 52,5%.
A assembleia do(a)s TAEs do CEFET-MG ocorreu no Campus Nova Suiça, a greve foi aprovada por ampla maioria, com apenas um voto contrário e duas abstenções.
De acordo com Jane Marangon, técnica administrativa em Educação que exerce a função de bibliotecária, a greve irá até onde a categoria definir, mas, o prazo para negociar com o governo é 31 de agosto.
A bibliotecária cita também que a categoria tem realizado diversas atividades durante a paralisação, por exemplo, a instauração da tenda permanente no CEFET Campus Nova Suíça, onde há distribuição de panfletos e diálogo com os estudantes, técnicos, professores e terceirizados sobre a greve; visitas às unidades do interior, vendas do jornal “A verdade”, participação nos atos de rua e manifestações em Brasília.
A técnica administrativa e coordenadora de organização sindical do Sindifes, Helena Nara Coelho de Souza, ressalta que as visitas aos campi do CEFET-MG no interior têm sido uma das tarefas prioritárias dos técnicos-administrativos. Já foram visitados os campi de Curvelo, Timóteo, Contagem e Divinópolis, onde foi discutida a necessidade da greve. As demais unidades também serão visitadas.
Além disso, Helena cita também a importância das atividades como assembleias. “Ter assembleias e plenárias em um curto espaço de tempo ajuda a gente a somar esforços pra construir a nossa greve.”
Desde o final do ano passado, diversos sindicatos e entidades do serviço público tentam realizar uma greve geral do serviço público federal. As organizações definiram como pauta geral de reinvindicação o reajuste salarial de 19,99% para todas as categorias, que corresponde à inflação do governo Bolsonaro até 31 de dezembro de 2021.
O(a)s técnico(a)s administrativo(a)s dão exemplo de luta, em uma conjuntura que cobra de todos nós enfrentar a política do governo Bolsonaro de desmonte do Estado e de destruição da Educação Pública!
(Colaboraram com depoimentos para esta matéria os TAEs do CEFET-MG, Helena Souza, diretora do Sindifes, Jane Marangon e Francisco Lanza).