Muitas lutas, para lutar em unidade!
Nesta terça, 26 de setembro, movimentos popular e sindical ocuparam mais uma vez a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em apoio ao Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), na luta continua e difícil por reparação às vítimas dos crimes ambientais cometidos pelas empresas mineradoras. O MAB denuncia os danos causados pela privatização de estatais, reforça a luta por indenização individual na Bacia do Paraopeba e Três Marias e mantém a pressão pela participação dos atingidos no processo de repactuação na Bacia do Rio Doce.
Para atender à classe empresarial que o elegeu e sustentou sua campanha, Zema quer, por qualquer meio e forma, vender as empresas estatais Cemig, Copasa, Gasmig e Codemig, entregando a preços irrisórios o patrimônio do povo mineiro. Caso o governador concretize seu objetivo, a tarifa de serviços essenciais subirá a preços abusivos, na mesma medida em que é precarizado o atendimento no fornecimento de gás, energia elétrica, água tratada e saneamento básico. Essa é a matemática da privatização, orientada pelo lucro. Vender a Codemig, por sua vez, é enfraquecer a soberania do estado ao entregar para a iniciativa privada a exploração do nióbio, metal de aplicação estratégica na metalurgia, na fabricação de baterias e na indústria eletrônica, fonte potencial de lucro e poder econômico.
A sanha privatista do governador alcança todas as áreas do serviço público, a exemplo da educação que, como tem ocorrido com as estatais, primeiro é precarizada, para depois ser entregue à iniciativa privada. Assim, docentes da UEMG, em dia de paralisação de atividades, também ocuparam a Assembleia Legislativa na luta por melhores salários e condições de trabalho.
O protesto denunciou o descaso do governo de Romeu Zema (Novo) com a categoria e com a universidade. – Foto: Reprodução/ Aduemg – Fonte: notícia do Brasil de Fato
O SINDCEFET-MG também se fez presente por acreditar que essas lutas precisam ser travadas em unidade com todas as entidades e movimentos, nas esferas municipal, estadual e federal, se queremos alcançar alguma conquista. Pois as forças neoliberais, exemplarmente representadas pelo governador Zema, cujo projeto de sociedade é o Estado mínimo para o povo trabalhador e máximo para os donos do capital, também subordinou a política econômica do governo Lula à austeridade fiscal.
Em tempos de vigência do Novo Arcabouço Fiscal, não há provisão de recursos no orçamento de 2024 para a recomposição de perdas históricas e insustentáveis dos e das trabalhadoras do serviço público federal, que variam de 39,92% a 53,17%. A valorização do serviço público passa, necessariamente, pelo pagamento de salário digno a quem nele trabalha.
Por isso, enfrentar Zema em Minas e seu programa privatista é convergir esforços para enfraquecer a extrema direita no país, com ampla maioria no Congresso Nacional, liderado por Arthur Lira, que impõe todos os obstáculos possíveis para o cumprimento do programa de combate à pobreza, à desigualdade social e de valorização do serviço público, vencedor das eleições presidenciais de 2022.
Por isso, afirmamos que são muitas lutas, para lutar em unidade!