Solidariedade à greve dos rodoviários!
Judiciário determina prisão de dirigentes sindicais em São Luís (MA)
Trabalhadores e trabalhadoras do transporte público de São Luís e da Região Metropolitana da capital maranhense entraram em greve, na última quarta-feira (16), sob a liderança do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário no Estado do Maranhão (STTREMA). A paralisação reivindica melhores condições de trabalho e transporte público de qualidade.
De acordo com uma nota publicada pelas Centrais Sindicais, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), entidade patronal, adotou uma postura intransigente frente às negociações com a categoria. Além disso, segundo o documento, o SET tenta criminalizar o movimento, com apoio de setores do Judiciário.
A situação está alcançando níveis inaceitáveis de silenciamento e ataque às entidades e seus respectivos representantes. Na sexta-feira (18), a desembargadora Solange Cristina Passos de Castro, do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região, determinou a manutenção de ao menos 80% de toda a frota da Grande São Luís, uma pena de R$ 50 mil por dia ao STTREMA e a prisão de todos os dirigentes sindicais.
A medida tomada, além de inconstitucional, representa um atentado ao direito de greve, que todas e todos trabalhadores podem e devem usufruir. Ademais, a organização que representa as empresas, o SET, está assumindo uma postura antissindical e escolhendo ignorar as condições de trabalho, salário e infraestrutura da categoria.
A falta de reajuste decente, os assaltos frequentes aos ônibus, veículos com constantes problemas mecânicos e a retirada dos cobradores de algumas linhas são alguns fatos que demonstram a precarização do transporte público da cidade. Condições dignas de trabalho e transporte de qualidade são direitos básicos, portanto é fundamental que as empresas e as instâncias governamentais estabeleçam diálogo e negociem com os trabalhadores.
O SINDCEFET-MG se solidariza com a categoria e ressalta que a luta pelo transporte público e por condições de trabalho apropriadas se estendem para toda a sociedade. Estamos juntos!