Ato realizado na quinta (31) reuniu diversas entidades da educação
Greve dos trabalhadores da Educação de MG continua até que Zema pague o piso salarial
Trabalhadores da educação da rede estadual de Minas Gerais realizaram uma manifestação, na última quinta-feira (31/03), e ocuparam o Centro de Belo Horizonte. A categoria reivindica que o governo de Minas Gerais pague o Piso Salarial Nacional, previsto em Lei Nacional e em Lei Estadual. Atualmente, o piso nacional da categoria é de R$ 3.845,63, porém o vencimento básico de um professor em Minas Gerais é de R$ 2.135,64.
Em audiência de conciliação, também realizada na quinta, o governo de Minas Gerais fez a proposta de ampliação do pagamento do rateio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Após a audiência, o conjunto de trabalhadores deliberou pela continuação da greve, uma vez que essa medida não garante o piso nacional do magistério da Educação Básica.
A categoria, que está em greve desde o dia 9 de março, cobra do governo de Romeu Zema (Novo), justamente, a aplicação de um reajuste que garanta o piso. A direção do Sind-UTE/MG, destaca que o governo Zema não negocia e, após judicializar a greve, se retirou do processo de mediação feito pelo Tribunal de Justiça. De acordo com o sindicato, desde 2019, já foram realizadas 20 reuniões com a SEPLAG, mas a administração estadual não apresentou, até o momento, um planejamento financeiro para aplicação do reajuste.
Além disso, o calendário de lutas, também aprovado, prevê atos locais e regionais de pressão para a sanção integral do PL 3.568/2022, por meio do qual os/as deputados(as) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais ampliaram (ALMG) aprovaram o reajuste proposto por Romeu Zema para os professores e as professoras, de modo a garantir o cumprimento do piso salarial nacional do magistério.
No dia 6 de abril, acontece nova Assembleia Estadual da categoria e, em 9 de abril, os trabalhadores da educação participam do Ato Nacional Fora Bolsonaro.
Na assembleia realizada na quinta-feira (31/03), inúmeras lideranças parlamentares, sociais, estudantis e sindicais manifestaram apoio à greve. Estiveram representadas a CNTE, a CUT Minas, a CTB Minas, a UEE Minas, a CSP Conlutas, o Sindipetro-MG, o Sind-Rede BH, o Levante Popular da Juventude, o MAB, dentre outras entidades. As deputadas estaduais Beatriz Cerqueira e Ana Paula Siqueira; os deputados estaduais Betão, André Quintão e Ulysses Gomes; e os deputados federais Rogério Correia e Padre João também estiveram presentes.
O SINDCEFET-MG presta total apoio à greve realizada pelas companheiras e companheiros da rede estadual e municipal.
Zema, pague o piso e valorize a educação mineira!