Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN, participou de Audiência Pública da Comissão de Direitos Humanos do Senado e defendeu a Previdência Pública
ANDES-SN defende a Previdência Pública em audiência no Senado
“Do mesmo modo que a Reforma Trabalhista não foi capaz de gerar empregos, a Reforma da Previdência também não vai fazer a economia crescer. Ela vai retirar direitos”. A afirmação é de Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN, na Audiência Pública da Comissão de Direitos Humanos do Senado.
Realizado na manhã de segunda-feira (13), o encontro debateu “Previdência e trabalho com foco na auditoria da dívida pública”. O senador Paulo Paim (PT/RS) foi o organizador da audiência.
Antonio começou sua intervenção questionando o papel do Estado no Brasil. Para ele, o governo federal está tentando destruir o pouco de estado de bem-estar social que foi construído ao longo das décadas. O ataque à Seguridade Social e à Previdência pública faz parte dessa destruição.
“A Seguridade Social vai para além da aposentadoria. Ela engloba saúde, previdência e assistência social. A previdência não é só aposentadoria, é proteção à maternidade, seguro por morte, auxílio reclusão. Os recursos da Seguridade Social são superavitários. Não se pode apenas computar as contribuições dos trabalhadores e das empresas e desconsiderar o resto”, comentou.
O presidente do ANDES-SN questionou a ideia de que a Reforma da Previdência fará a economia do Brasil crescer. “A grande argumentação é que a máquina do Estado é muito pesada e o governo não consegue recursos para fazer investimentos”, afirmou Antonio.
Para Antonio Gonçalves, a manutenção do perverso sistema da dívida permeia as políticas do governo federal. Os cortes de orçamento na educação foram citados como exemplo dessa política, que retira direitos para favorecer o rentismo. O docente criticou a falsa eficiência da gestão da iniciativa privada, em especial da saúde e da educação.
“Estamos reagindo. Junto com outras entidades da educação, estamos nos mobilizando contra as políticas neoliberais que retiram direitos. Buscamos colocar a classe trabalhadora em movimento. Diante do corte anunciado pelo governo na educação, estamos chamando o povo às ruas. Faltam apenas dois dias para a Greve Nacional da Educação”, completou o presidente do ANDES-SN, chamando a categoria para a greve do dia 15 de maio.
Participaram da mesa: Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN, Maria Lúcia Fattorelli, coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, Rodrigo Vieira de Ávila, economista, Edson Carneiro ‘Índio’, da Intersindical (Central da classe trabalhadora) e Paulo Fontoura Valle, Subsecretário do Regime de Previdência Complementar da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
Veja aqui a audiência pública completa.
Fonte: ANDES-SN
Imagens de Agência Senado.