Categoria avaliou medidas essenciais para a volta às aulas presenciais e sugeriu protocolos que garantam a segurança da comunidade acadêmica
SINDCEFET-MG realiza questionário para avaliação da retomada segura
O SINDCEFET-MG disponibilizou, na sexta (7), um formulário para sua base de filiados, para consultá-la em relação à volta das aulas presenciais na instituição, devido à pandemia de covid-19. O formulário também foi compartilhado com as chefias de departamento com o pedido de que fosse enviado aos docentes não filiados.
O questionário foi respondido por 114 docentes e as perguntas permitiam que os respondentes avaliassem quais medidas deveriam ser tomadas para um retorno seguro. A grande maioria (94%) julgou indispensável o uso permanente de máscaras, assim como a disponibilidade e o uso de álcool em gel.
Além disso, 87% também são favoráveis ao controle de acesso ao campus, com medida de temperatura na entrada e a exigência do passaporte vacinal de professores, funcionários e estudantes. A pesquisa demonstra também que 74% dos participantes, concordam com a necessidade de uma manifestação explícita da Diretoria Geral sobre medidas de adequação da infraestrutura e disponibilidade de recursos para a compra de insumos.
O formulário questionava também se os campi do CEFET-MG possuem condições adequadas para oferecer as medidas consideradas essenciais para a contenção do coronavírus. Nessa sessão, a maioria das respostas se concentrou em dois problemas principais: distanciamento em todos os espaços coletivos (49%) e o controle de acesso ao campus, com medida de temperatura e exigência do passaporte vacinal (20%). Mais de 48% das pessoas relataram não ter informações suficientes para avaliar as condições do campus em que trabalha.
Ademais, foram questionadas quais medidas não estão sendo encaminhadas de forma satisfatória. A exigência do comprovante vacinal de toda comunidade acadêmica foi apontada como a principal questão, com 46% das respostas, seguida da ausência de manifestação da Diretoria Geral sobre o assunto (43%).
Repostas discursivas
O questionário permitiu também que os respondentes pudessem se expressar livremente sobre medidas que não foram contempladas nas perguntas. De modo geral, os docentes sugeriram sistemas prediais de exaustão de ar e/ou filtragem de ar recirculado, gabinetes individualizados e estações de trabalho com distanciamento social para os professores, fornecimento de equipamentos de proteção individual, de microfones, materiais de limpeza e itens de higiene.
Foi destacada a condição inadequada do restaurante do Campus Nova Gameleira que funciona com superlotação. Não há opções de restaurantes nas imediações dessa unidade e não foi informado qual estratégia será utilizada para manter o distanciamento social necessário nos locais de alimentação.
No caso especifico do Campus Nova Suíça, falta informação se os laboratórios com problemas de infiltração das águas de chuva e falta de circulação de ar terão seus problemas resolvidos para o retorno das aulas presenciais. Vários espaços dessa unidade estão em obras. Elas serão finalizadas para o retorno presencial?
A necessidade de medidas de adequação de banheiros, salas de aula e laboratórios foi um aspecto destacado. Por exemplo, a maioria ( em torno de 70%) dos laboratórios do Departamento de Engenharia de Materiais, do Campus Nova Suiça, não atende às condições de ventilação e/ou renovação de ar exigidas pelos protocolos sanitários, questão entre outras já levantadas e que exigem tomadas de providência como recursos e tempo para execução das obras para adequação dos espaços. É preciso melhorar as condições dos banheiros do Campus Leopoldina para que ocorra uma adequada higienização e sanitização dos mesmos.
Entre outras sugestões, os professores solicitaram fiscalização e monitoramento das medidas no ambiente escolar, reorganização dos horários no caso dos professores que não poderão trabalhar presencialmente e reformas estruturais em salas de aula e laboratórios. Ainda, criticaram a Diretoria Geral por não ter se manifestado e exigiram orientações para que pessoas com sintomas gripais realizem testes e não frequentem os campi.
Vale destacar que a Seção Sindical recebeu em 11/01 resposta da Diretoria Geral para o pedido de detalhamento das ações que estão sendo encaminhadas para garantir o retorno presencial seguro, objeto de outra matéria apresentada em nossa página.
Uma síntese
Há muitas dúvidas e incertezas quanto à existência de condições objetivas para o retorno presencial seguro. Parcela significativa dos respondentes demandaram uma comunicação mais efetiva da Direção Geral sobre esse tema.
Ficou evidenciada uma grande preocupação com a adequação do espaço físico de banheiros, laboratórios e salas de aula, especialmente para se obter ventilação adequada e proporcionar o devido distanciamento físico.
Confira a tabulação dos dados do questionário, com o conjunto completo das respostas discursivas:
Respostas ao formulário sobre o retorno presencial das aulas