25 de janeiro, dia de lembrar que a Vale mata!
A empresa de mineração Vale do Rio Doce foi privatizada pela bagatela de 3,3 bilhões de reais para alimentar o sistema da dívida pública que sangra historicamente o orçamento público e impede o Estado de promover justiça social.
Na data de sua privatização, a empresa hoje chamada Vale possuia um patrimônio de reservas minerais avaliado em mais 100 bilhões de reais. [1]
Controlada pelas forças do mercado, a Vale mata impunimente o ecossistema nas áreas de mineração, zonas aquíferas fundamentais para o equilibrio hídrico e…pessoas!
No crime ambiental de Brumadinho, relembrado com dor e tristeza pelas famílias das vítimas, a Vale responde pela morte de 272 pessoas, em um processo que se arrasta na justiça sem resultar na devida reparação.
” “Adoecimento físico, psicológico e estrutural. Seguimos no luto interminável. O crime da Vale segue nos sacrificando. A lama da Vale nos sufoca e as manobras dela nos aprisiona”, complementa Andresa, que é integrante da Associação dos Familiares das Vítimas de Brumadinho (Avabrum). (…) a lama tóxica deixou seu rastro de destruição no rio, nas histórias e no modo de vida de milhares de atingidos e atingidas.” [2]
A empresa persegue quem denuncia seus abusos no pretenso processo de reparação e chantageia populações locais com promessas de emprego e dinamização da economia, oferecendo como contrapartida a depredação ambiental e o risco permanente de morte.
“(…) O último relatório mensal da Agência Nacional de Mineração (ANM), divulgado em dezembro do ano passado, indicou que 23 barragens da Vale S.A em Minas estão em nível de alerta ou emergência.
Entre elas, a barragem Forquilha III, localizada em Ouro Preto, foi classificada como nível 3, que indica risco iminente de rompimento. No mesmo município, outras cinco estruturas da empresa estão classificadas como nível 2.
Em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, outras seis barragens da Vale também estão em nível de emergência. Os municípios mineiros de Itabira, São Gonçalo do Rio Abaixo, Barão de Cocais, Itabirito, Catas Altas, Mariana e Santa Bárbara também têm barragens da mineradora em nível de alerta ou emergência. (…)”[2]
Neste 25 de janeiro, ao relembrarmos o crime ambiental de Brumadinho, nos solidarizamos com as famílias das vítimas e denunciamos as nefastas consequências da privatização de empresas que atuam em áreas estratégicas para garantir a soberania e bem estar de nosso povo.
Gritamos juntos com todos que sofrem com as consequências desse crime:
“SEM JUSTIÇA CRIMINAL, NÃO HÁ REPARAÇÃO POSSÍVEL!”
[1] Venda da Vale completa 20 anos e foi um dos maiores crimes cometidos contra o Brasil [2] Após 4 anos do crime da Vale em Brumadinho, atingidos convivem com impunidade e violência