Estudantes e docentes realizaram reunião e solicitaram apoio ao Sindcefet-MG para tratar questões relacionadas à Unidade.
Unidade de Timóteo reinvidica pedagoga(o) e melhores condições de trabalho e estudo
Na quarta-feira, 04, o Sindcefet-MG recebeu uma carta da comunidade da Unidade de Timóteo do CEFET-MG solicitando o apoio desta seção sindical para intermediar junto às instâncias competentes da instituição soluções para um conjunto de problemas que vem sendo enfrentados, mas que até o momento não tiveram solução apresentada pelo corpo gestor.
A carta foi fruto de uma reunião realizada no dia 03 de outubro de 2017 que contou com a presença de docentes e discentes da Unidade. Ao todo 22 docentes, 102 estudantes de graduação e 354 estudantes do ensino técnico assinaram o documento.
A entrega foi feita pelo professor da Unidade de Timóteo e membro do Conselho Deliberativo do Sindcefet-MG, Adílson Mendes Ricardo, em reunião da diretoria do Sindcefet-MG. Segundo Adílson, a comunidade acadêmica em Timóteo levantou pendências importantes que impactam a condução das aulas, trazendo prejuízos para professores e alunos. “Temos sofrido com a falta de acompanhamento para professores e alunos por um profissional de pedagogia, a cantina que não funciona desde o início do ano, a climatização inadequada do bloco de aulas, a falta de componentes básicos de laboratório para aulas práticas de química, prejuízo acadêmico provocado pela junção de subturmas nas aulas de Redação e Inglês e também a falta de representativade da comunidade acadêmica nas decisões da unidade, já que a Congregação da Unidade não funciona desde o início do ano. Os professores e alunos esperam providências urgentes da gestão do CEFET-MG para estas questões”, afirmou o docente.
A presidente do Sindcefet-MG, Suzana Maria Zatti Lima, relata que, por ocasião das assembleias estendidas realizadas nesta Unidade, presenciou todas as situações apontadas na carta e que o corpo docente local já vem manifestando insatisfação com a situação que não se resolve. “A falta de um profissional de pedagogia atuando na Unidade precariza as condições de trabalho docente e inviabiliza o acompanhamento dos estudantes caso apresentem dificuldades nos âmbitos acadêmico, social e emocional. Tudo isto é intensificado com as demais questões apontadas, principalmente com a falta da Congregação da Unidade, que suprime a democracia interna e a legalidade, pois assim a Unidade passa a funcionar fora da ordem administrativa do CEFET-MG ”, completou.
O Sindcefet-MG publica abaixo a carta da comunidade da Unidade de Timóteo e enviará ofício à Diretoria Geral do CEFET-MG solicitando reunião de emergência para tratar do tema de modo que o corpo gestor possa explicitar quais as providências serão tomadas diante deste conjunto de reivindicações.
Timóteo, 03 de outubro de 2017
Os professores e alunos do Campus Timóteo vêm por meio desta expor ao SindCefet-MG e pedir apoio acerca de seis situações que ainda aguardam solução e que prejudicam a comunidade acadêmica.
A primeira refere-se à ausência, desde 2016, de um profissional de formação em pedagogia para atendimento de professores e alunos da unidade. Atualmente a unidade conta com 15 turmas de ensino médio (diurno e noturno) e um curso superior. O atendimento da Coordenação Pedagógica é feito atualmente por técnicos administrativos sem formação em pedagogia e por estagiários da área. A comunidade acadêmica respeita e agradece o trabalho, o esforço e a dedicação destes profissionais, porém considera que o apoio e o acompanhamento pedagógico, realizado por profissionais especializados na área, são essenciais para lidar com situações específicas que acontecem no decorrer do ano letivo, tanto para alunos quanto para professores e coordenações.
A segunda situação é a cantina, que permanece fechada desde março de 2017, obrigando professores e alunos realizarem lanches e refeições em bares, lanchonetes, padarias e restaurantes nas proximidades do Campus. Esta questão expõe a comunidade acadêmica a uma situação de fragilidade, principalmente do público noturno, quando as opções são poucas e há também risco de segurança. Além disso, o tempo dos intervalos não é suficiente para o deslocamento, o que é ainda mais grave para os cursos noturnos, que têm apenas 10 minutos.
A terceira situação refere-se à climatização do bloco de aulas. O prédio não apresenta uma boa circulação de ar em uma região reconhecidamente com médias térmicas elevadas, tornando o bloco extremamente quente, principalmente no período da tarde. A exposição ao calor excessivo e o alto índice do ruído sonoro provocado pelos ventiladores expõem alunos e professores a um ambiente insalubre, com claro prejuízo do desempenho acadêmico.Por fim, durante a reunião do dia 03/10/2017 foram levantadas outras questões: a situação das aulas de Inglês e Redação; falta de produtos (vidrarias e reagentes) para as aulas práticas de química e o não funcionamento da congregação da unidade.
Embora não tenha havido qualquer mudança metodológica nos projetos políticos pedagógicos dos cursos, a situação dos quadros docentes não mais permite que aquela metodologia seja conduzida. Isto se dá porque as turmas de Inglês estão fundidas nas 3 séries enquanto as turmas de Redação estão reunidas na segunda e terceira séries, aumentando significativamente a carga horária para alguns professores. Esta instrução veio da DEPT e não se observa em outras unidades do CefetMG, por exemplo, no Campus I as disciplinas de Redação e Inglês são divididas em todas as séries.
Também foi identificada uma dificuldade na realização das aulas práticas em laboratório de química: não há reagentes e vidrarias, apesar das notícias de inúmeros processos de compras efetuados. Todas as questões são agravadas pelo fato da congregação da unidade não estar funcionando, impedindo a representação dos docentes, discentes e técnicos.
Uma cópia da carta com as assinaturas será enviada no ofício endereçado à Diretoria Geral.