Milton Ribeiro, ex-Ministro da Educação, preso por suspeita de corrupção.
As ações na Educação são a vitrine do que existe de pior no governo Bolsonaro!
Desde seu primeiro dia de mandato, a Educação é o inimigo estratégico da política de desmonte do Estado do governo Bolsonaro.
Cortes e contingenciamentos orçamentários das instituições federais de ensino cumprindo o método neoliberal de precarizar para privatizar!
A Educação, como política estratégica de afirmação de direitos e de exercício de cidadania, foi objeto de desprezo, com diferentes estilos, por todos os Ministros da Educação do governo Bolsonaro.
As plataformas digitais, os cursos de formação e os vouchers para a educação infantil são implementados dentro de uma política voraz de privatização.
A ideologia fundada na domesticação e na negação dos espaços coletivos e críticos de socialização e formação se concretiza na defesa dos projetos da ‘Escola sem Partido, das ‘Escolas Cívico Militares’ e da ‘Educação Domiciliar’.
O Plano Nacional de Educação, construído por meio de ampla participação da sociedade, foi engavetado.
Para o ex-Ministro da Educação Milton Ribeiro, o Ensino Superior é para poucos, fundamento para o projeto de cobrança de mensalidade nas Universidades.
O ordemamento legal mais recente ataca o Ensino Médio Integrado, por meio das Novas Diretrizes Currículares da Educação Tecnológica e da ‘Reforma’ do Ensino Médio que empobrecem a formação geral e orientam a formação de técnicos aptos apenas ao exercício de habilidades operacionais, para serem objeto de exploração pelo mercado de trabalho e serem impedidos de continuar os estudos.
Ainda segundo Milton Ribeiro, há que segregar as crianças portadoras de necessidades especiais porque elas atrapalham as outras pretensamente ‘normais’.
Esse curto histórico, que poderia ser ampliado e detalhado, culmina hoje, 22 de junho, com a prisão de Milton Ribeiro, por suspeita de corrupção, aquele mesmo por quem Bolsonaro disse colocar a cara no fogo!
Como já disse um companheiro de luta: “As ações na Educação são a vitrine do que existe de pior no governo Bolsonaro!”
A opção exclusiva de derrotá-lo nas urnas deixa até as eleições de outubro o caminho aberto para Bolsonaro, junto com o Centrão, implementar o projeto ultraneoliberal dos donos do capital, com todas as suas consequências para Educação Pública e para todas as áreas implicadas no acesso aos direitos sociais.
A derrota de Bolsonaro nas urnas não significa, inclusive, a completa derrota desse projeto.
Até outubro, precisamos fazer muita luta, construir força social que impeça seu avanço, desde já!
Precisamos resistir e lutar!
Foto: Brasil de Fato – Mauro Pimentel/AFP
Referência do texto: A Educação sob ataque no governo Bolsonaro