NOTA DA DIRETORIA DO ANDES-SN EM APOIO À ORGANIZAÇÃO E LUTADA COMUNIDADE DO CAMPUS MALÊS DA UNILAB POR AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA, CONDIÇÕES DE TRABALHO E UM PROJETO INTERNACIONALISTA DE UNIVERSIDADE
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (ANDES-SN) manifesta seu apoio e entusiasmo com o processo de auto-organização e mobilização do(a)s professores e professoras do Campus dos Malês da UNILAB. Este processo, que solidifica uma série de bandeiras históricas defendidas ao longo dos mais de 42 anos de história de nosso sindicato nacional, tais como a defesa da autonomia universitária, a recomposição orçamentária para atender as necessidades básicas para o funcionamento de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, a defesa de melhores condições de trabalho, estrutura e permanência estudantil, isso para além da interiorização e vinculação regional das universidades, aponta como meio para sua efetivação a criação da Universidade Federal África-Brasil, na Bahia.
Essa demanda, de fato, reflete não apenas os interesses do(a)s professores e professoras envolvidos na mobilização, mas também abrange o conjunto da comunidade universitária do Campus dos Malês, que se articula na luta, sobretudo diante das condições de penúria material que lhe foram impostas no último período. O abandono das obras do prédio da universidade – que continua operando com aulas e demais atividades em escolas cedidas pela Prefeitura de São Francisco do Conde -, a carência de vagas para docentes e técnico(a)s, inclusive para recomposição de servidores e servidoras que se aposentaram ou deixaram seus postos de trabalho, bem como debilidades afetas à permanência estudantil, como problemas recorrentes com transporte e bandejão da(o)s estudantes, são alguns exemplos do que tem sido enfrentado no referido campus nos últimos anos. Nesse contexto, a comunidade universitária dos Malês vê nessa justa demanda, uma oportunidade para efetivar um projeto de universidade crítico, voltado aos mais radicais interesses populares não só do(a)s trabalhadores e trabalhadoras brasileiro(a)s, mas também e sobretudo do continente africano. Isso reafirma a necessária veia internacionalista que deve balizar nosso projeto de sociedade e de ensino superior.
Só a luta muda a vida!
Malês resiste!