Situação de precariedade e insalubridade já interditou o setor e trabalhadores estão indignados.
Tecnologia da Informação à beira do colapso no CEFET-MG
O Departamento de Recursos de Informática (DRI) do CEFET-MG vive uma situação dramática. Localizado no campus I em Belo Horizonte e responsável por toda a tecnologia da informação dos 11 campi da instituição no estado de Minas Gerais, o setor enfrenta problemas relacionados à infra-estrutura e condições de trabalho.
O sistema de refrigeração do setor está obsoleto e opera com dificuldades, fazendo com que os equipamentos que sustentam toda a infra-estrutura computacional da instituição operem em temperaturas acima do recomendado, o que compromete a vida útil dos mesmos. A situação tende a se agravar, pois o contrato com a empresa que faz a manutenção do ar condicionado foi interrompido e não existe previsão de quando será retomado.
Com a falta de manutenção, os filtros de retenção de resíduos do ar-condicionado não são trocados ou limpos e o ar que circula no setor é viciado e coloca em risco a saúde dos trabalhadores técnicos administrativos do local.
Segundo os trabalhadores, estes não são problemas novos e se arrastam há anos devido à falta de planejamento e prioridade para um setor estratégico da intituição, o qual administra a rede de comunicação interna e intercampi, além de armazenar e gerenciar sites, sistemas de arquivos, sistema acadêmico, sistema de bibliotecas, sistema de câmeras e segurança.
O presidente do SINDCEFET-MG, Antônio Arapiraca, e o Secretário de Divulgação e Imprensa, Leonardo Gabriel Diniz, estiveram no local no dia 17 de março e constataram a situação de precariedade. Segundo eles a indignação dos trabalhadores é muito evidente com o cenário de descaso, pois na última década a instituição foi beneficiada com muitos recursos orçamentários, mas não priorizou uma área tão importante.
“O que nos chama mais a atenção é o fato de que uma instituição que advoga excelência na área tecnológica, mantém uma situação como esta há tantos anos. O que temos aqui é uma demonstração cabal de irresponsabilidade com a gestão pública, pois podemos sofrer um apagão de TI a qualquer momento. Enquanto isto vemos outras “obras” serem colocadas à frente na lista de prioridades das gestões que se sucedem. Agora com os possíveis cortes de verbas tudo tende a piorar”, afirmou Arapiraca.
O setor tem diversas infiltrações no teto e janelas, fiação externa e desemcapada, padece de falta de espaço para o maquinário e para os trabalhadores, ausência de ventilação natural ou exaustão do ar ambiente, tem odor inadequado e já sofreu também com infestações de ratos, baratas, moscas e até mesmo escorpiões. Um laudo de 2012 do Médico Márcio Geraldo Moreira Lima do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (SIASS), interditou o setor, o que fez com que fossem feitas pequenas melhorias no sentido de minimizar a situação, mas segundo os trabalhadores, além disto somente foi feita uma dedetização para expulsar insetos, ratos e escorpiões.
Existe por parte das chefias do setor e da direção geral a promessa de que o espaço atual do DRI será reformado e que um projeto de reforma está sendo elaborado, mas até o momento nada de concreto foi executado neste sentido.
Abaixo temos uma galeria com mais fotos sobre a situação no setor. Créditos: SINDCEFET-MG.